No meu primeiro
texto aqui no blog, eu comentei sobre as máscaras que utilizamos na
sociedade, por convenções nas quais entramos (de gaiato ou não). Ainda fazendo
minhas observações, lendo e refletindo sobre a temática, me veio a ideia de
falar sobre os rótulos sociais.
Vocês é gordo? Ou magro? Talvez sarado... ou, por que não, rechonchudo?
Gay ou hétero? Travesti ou transexual? Bissexual, quem sabe? Ou seria goy, bichinha, drag, crosdresser ou goiunage? Seria lésbica ou sapata ou caminhoeira?
Ah sim, você é católico... ou evangélico? Por que não budista, islâmico ou espírita? Ou ainda, ateu... ou tudo?
Em um objeto, o rótulo serve para informar sobre o que ele é, quais suas características e/ou composição. Serve para distinguir uma coisa de outra. Assim, ao compramos um alimento, por exemplo, sabermos do que ele é feito, qual a quantidade de nutrientes e cia, e também sua validade. Mesmo em condições normais de temperatura e pressão, pode haver pequenas variações nessas características, quase imperceptíveis aos olhos em geral. Segue um padrão.
Afinal, você é rico?
pobre? Ou seria classe média alta? ou
baixa?
Você é negro? branco?
mulato? Ou talvez mameluco...Vocês é gordo? Ou magro? Talvez sarado... ou, por que não, rechonchudo?
Gay ou hétero? Travesti ou transexual? Bissexual, quem sabe? Ou seria goy, bichinha, drag, crosdresser ou goiunage? Seria lésbica ou sapata ou caminhoeira?
Ah sim, você é católico... ou evangélico? Por que não budista, islâmico ou espírita? Ou ainda, ateu... ou tudo?
Sim, peguei logo pesado
nos rótulos... E poderia continuar uma lista infinita aqui... Mas, qual a necessidade de
se rotular?
Em um objeto, o rótulo serve para informar sobre o que ele é, quais suas características e/ou composição. Serve para distinguir uma coisa de outra. Assim, ao compramos um alimento, por exemplo, sabermos do que ele é feito, qual a quantidade de nutrientes e cia, e também sua validade. Mesmo em condições normais de temperatura e pressão, pode haver pequenas variações nessas características, quase imperceptíveis aos olhos em geral. Segue um padrão.
Mas, quando se rotula um
ser humano, vejo inicialmente duas questões: a primeira é uma característica do
ser humano, ímpar em relação a outros seres, que é possuir o livre arbítrio, o
que faz ele ser uma “caixinha de surpresas”; a segunda é um aspecto que
considero negativo, que essa generalização gera, que é a de se levar facilmente
a um preconceito.
Discursando sobre esse
aspecto negativo, é fato que para se compreender algo, precisamos dividir as
coisas, ou seja, nossa mente trabalha com um sistema de comparações, e até aí é
natural. Nossa mente faz uma síntese para compreender algo; quanto menos
análises tivermos que fazer, mais fácil entenderemos. O problema é quando
fazemos um julgamento pessoal, o que implica colocarmos interesses e gostos
próprios para fazer essa comparação, que vai levar a uma comparação do que é
melhor ou pior.
Identificar uma pessoa por
uma determinada característica pessoal não vejo como problema... Precisamos de
referência para tudo... Desde que essa identificação não seja maldosa. Maior problema
considero quando se julga uma pessoa dentro da generalização dos rótulos, como
se faz com objetos. Quando se rotula uma pessoa, a colocamos dentro de um grupo
de comportamentos generalizados, esquecendo, mesmo que inconscientemente, que o
ser humano possui o já citado livre arbítrio, e pode abrir sua caixinha com
surpresas (ao menos para nossos olhos). Exemplo: ela é gorda, logo ela vai
comer muito se for em minha casa; então, vou ter que comprar muita coisa para
ela comer... Outro exemplo: ele é gay, logo vai dar em cima de todo homem que
passar na frente dele, e ainda vai ter aqueles trejeitos afeminados estereotipados...
E mais um exemplo: ela é rica, então, é arrogante, humilha outras pessoas ao
exibir, ostentar (a palavra da moda!) sua riqueza; e esta outra, ela que é
pobre, é humilde, não humilha outras pessoas... Será?...
Enfim, são limitações que os rótulos acabam gerando; eles acabam mais
atrapalhando que ajudando.
Entretanto, apesar de
discorrer sobre aspectos negativos aos quais a rotulação nos leva (sim nós!
pois rotulamos tudo e todos, com ou sem preconceitos) , também percebo que há o
lado da pessoa rotulada se colocar como vítima. Não falo aqui de “ataques
preconceituosos” ou bullyings, mas de uma
susceptibilidade em se sentir ofendido por qualquer rotulação. Se uma pessoa se
vira para outra e fala: “Sabe aquela rapaz que é gay...” ou “Aquela moça negra...”,
não vejo ofensas aqui, mas uma forma de identificar uma pessoa. Reforço: desde que tenha realmente essa
intenção, e que a continuação dos três pontinhos seja para continuar falando
sobre a pessoa e que foi realmente uma identificação. Falo isto porque foi
criado um outro rótulo de falar “politicamente correto”; mas, o que há de
incorreto nesses termos?
Continuando... Se uma
pessoa chama outra “Ei, magrão!” ou “Vem cá, gordo!”, se eu sou magro ou gordo
mesmo, por que me ofenderia? Sim!... há pessoas que estão se ofendendo
facilmente. Um dia desses vi uma desses posts na internet que falava mais ou mesmo
assim: “As pessoas estão se ofendendo com tudo hoje, que se eu posto a foto de
uma comida, alguém vai responder que estou ostentando porque tem muita gente
que passa fome no mundo”. É tipo isso mesmo... E, por favor, não se ofenda agora...
Neste mundo de rótulos,
cada um é o que é, com suas
diferenças, com suas grande qualidades e vários defeitos. Que sejamos felizes!
Sejamos nós mesmos! Vivam
seus sonhos! Mas sem prejudicar os outros - e nem a si mesmo, pois fazer
algo que faz mal a si mesmo é o rótulo do masoquismo. Sejamos melhores! Sempre!
E se for para ter um rótulo, que seja o de SER HUMANO.
*Fonte da imagem: https://urbanplushproject.wordpress.com/2012/02/21/diversity-the-art-of-thinking-independently-together-malcolm-forbes/
Nenhum comentário:
Postar um comentário